sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mudanças no vestibular da FUVEST

A FUVEST foi criada em 1977. Nesses 34 anos, as regras do concurso foram alteradas diversas vezes. Poucas vezes, entretanto, achei as alterações tão acertadas.

O fato de a prova da primeira fase voltar a compor a nota final do candidato traz equilíbrio à avaliação, uma vez que os assuntos abordados na primeira e segunda fase são, muitas vezes, complementares. Desprezar a nota de uma prova tão abrangente como a da primeira fase realmente não fazia sentido. Nesse novo modelo, a nota da primeira fase passa a valer 25% do processo -- os outros 75% são divididos entre os três exames da segunda fase. A Fuvest terá, com isso, uma visão mais global do candidato, valorizando uma formação completa.

O aumento no número de acertos mínimos na primeira fase para 27 questões também aponta para a qualidade do candidato. Pelos cálculos da Fuvest, com a antiga nota mínima de 22, um em cada dez alunos que "chutavam" todas as 90 questões passavam para a segunda etapa. Agora, passa a ser de 1 em 100.

Com a mudança no número de convocados para a segunda fase, as carreiras com maior nota de corte -- as mais concorridas -- vão chamar um número maior de candidatos (o número vai variar de 2 a 3 vezes o número de vagas). Segundo a pró-reitora de graduação da USP, Telma Zorn, com essa mudança, o candidato que ficará de fora -- já que, antes, sempre três por vaga passavam -- é aquele que não seria mesmo aprovado. Com menos candidatos na segunda fase, ela espera que o desempenho dos corretores das provas melhore.

Em reportagem do Estadão de hoje, vi uma declaração do meu ex-professor de Telecomunicações na Poli, o Dr. Paul Jean Jeszensky -- atual pró-reitor de graduação da USP. Ele diz "pensamos essas mudanças com o objetivo de tornar o processo mais seletivo e aumentar a qualidade dos ingressantes."

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